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Manhã de Outono


de Elizandra Sabino


Num canto da pétrea calçada

Sem atrair nenhum olhar compassivo

O ipê, outrora coroado de ouro

Despe-se de seu esplendor perecível


As efêmeras folhas evaporam devagar

Gotejam... caem uma a uma

E mergulhadas no silêncio

Inundam a rua inteira


Sem orgulho

Sem lamento

E sem luta alguma

O ipê seca por inteiro


Seus desvelados galhos dilaceram

Os últimos resquícios da bela florada

E ressequidos elevam-se a exaltar

A fugaz manhã de outono.

 
 
 

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