de Valéria Pisauro
Minha palavra se iguala
Ao quase e nunca tarda
Desconheço meus passos
Ao silêncio que me rodeia
No quarto que espelha
Despovoado espaço.
Não entendo de pássaros
Minha vida tem asas mágicas
Rio flutuante que se rompe
Ao juntar meus pedaços
Rimo os versos do meu estado.
Espero o agora enquanto me adio
O que padeço não escondo, sinto,
Sou tantos, divido-me em quantos,
Às vezes acostumo; outras, transbordo.
Dispo o vazio do caminho,
Amanheço no desconhecido
Solitário sorriso do vento
Porta aberta para o infinito
Carne viva da memória
Meu adeus é muito tempo.
Comments